O patologista participa do dia a dia do atendimento médico através da importância crescente do diagnóstico anátomo-patológico na avaliação do doente.
No passado, os tecidos retirados pelos cirurgiões eram enviados aos laboratórios de patologia, onde eram processados; o patologista dava seu diagnóstico e pouco se interessava pelo doente; suas relações com os clínicos e cirurgiões eram, frequentemente, pouco cordiais.
Hoje tudo isto mudou e o patologista deve conhecer o caso clínico antes de dar o diagnóstico que, muitas vezes, precisa ser amplamente discutido com os clínicos e cirurgiões.
O diagnóstico anátomo-patológico se baseia no estudo macroscópico e microscópico das lesões pode ser feito no Centro Cirúrgico, preparando-se lâminas do tecido rapidamente congelado, cortado e corado.
Além destes casos cuja conduta depende de um diagnóstico imediato, com o paciente ainda na mesa operatória, mais frequentemente os tecidos ou órgãos retirados pelos cirurgiões são estudados com mais calma em preparados histológicos estáveis e mais perfeitos. Em geral, estes preparados são obtidos após fixação dos tecidos e inclusão em parafina
A autópsia se constitue em excelente meio para o estudo da história natural da doença e oferece as condições ideais para avaliação da conduta médica e da terapêutica. Por outro lado, a discussão das autópsias com os clínicos que acompanharam o caso confere ao patologista a condição de elemento chave no aprimoramento do corpo clínico, além de se constituir em elemento importante da avaliação da qualidade do serviço médico.
Não podemos nos esquecer que pelo menos em 20% dos casos, a autópsia demonstra alterações que passaram despercebidas pela clínica. Estas discrepâncias ocorrem tanto no Brasil como nos países mais desenvolvidos da América do Norte e Europa.
A importância epidemiológica das autópsias não pode deixar de ser mencionada, pois nos Estados Unidos onde o avanço tecnológico é conhecido, cerca de 20% dos infartos do miocárdio e 15% dos cânceres só são diagnosticados pelo patologista na mesa de autópsia.
Fonte: Sociedade Brasileira de Patologia
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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